sábado, 18 de julho de 2009

Eu, uma fábrica de formas.


Minha vida imita o filme, os filmes imitam minha vida.
Não sei dizer se busco o incomum ou se o incomum me busca, só sei que as coisas não são triviais por aqui. Quase nunca.
Não digo nunca, porque presumir o absoluto é comum demais e não cabe nesse universo excêntrico.

Às vezes, me canso.
Tento me convencer que uma vida tranqüila e previsível me caberia bem.
Tento pensar menos, deixar passar, deixar ir sem que seja compreendido...
Afinal, pra que tanto entender, Meu Deus!

Na maioria das vezes esses sentimentos me vêem quando percebo que, na verdade, nada é absolutamente como enxergamos e todo aquele tempo que gastei para alcançar a suposta coerência, foi inútil. A relatividade torna minhas experiências pessoais insuficientes para julgar o que quer que seja.

O julgamento individual produz as antíteses.
Assim um mesmo cenário pode ser preto ou branco, depende dos olhos que observam.


A infinidade de possibilidades torna tudo magicamente sem forma.
A matéria sólida tem forma definida, as idéias não.

Logo, as reações também não tem forma.
As pessoas não tem forma
Alias, tem forma passageira, tem forma presente, mas não há longo prazo.
E aí, a gente vai com aquela forma, tipo aquelas de bolo e biscoito, que foi preparada com tanto esforço e de tipos variados... coração, palhaço, borboleta, sorvete..e...

SURPRESA!

Ela não serve mais.


O mais decepcionante é quando supomos ter produzido a forma de Deus.
Porque essa dá mais trabalho e a surpresa da decepção é muito mais dolorosa.

Deus é perfeito e nós não conseguimos fazer uma forma que se aproxime 1% da perfeição...

A perfeição divina foi materializada na pessoa de Jesus Cristo.
Ele é O caminho e Nele não há relatividade alguma.

Em nosso julgamento...
Sempre há.

A perfeição nem forma têm.
Aliás, até tem. Mas eu, um ser imperfeito, jamais terei consciência dela.

Pensando bem, uma dose de empirismo não faz mal a ninguém.

Pensando mais bem ainda, prefiro seguir experimentando Dele e não produzindo forma pra nada...

Não é preciso julgar nada.
É, apenas, necessário que acreditamos que Ele julga perfeitamente.

Só em saber que produzir formas não é nada sábio, já ajuda.


“Andar com fé eu vou que a fé não costuma faiá”
As formas, sempre falham.


No amor, que é Ele mesmo,
Carol.