sábado, 29 de agosto de 2009

devaneios Inatos.


Preciso mesmo de algo que me represente?

Procuro, eu, falsas representações?

Preciso me ver em minhas produções?

Sobreviveria, eu, sem nada produzir?

Sendo representada apenas por mim mesma?

Sou crescida o suficiente para sobreviver bem ao ócio?

Ao ócio não criativo?

E de que é feito meu combustível?

Essa necessidade desenfreada?

Porque insisto em preferir às interrogações?

Em uma breve declaração; sempre penso no que ainda está por ser conquistado.
As conquistas já saboreadas tem gosto efêmero e as novas possibilidades despontam com sabor desconhecido, por demais atraente.


O medo também transita por aqui. Como poderia negá-lo?
Ele casou-se com os paradigmas e com as certezas.
Adora um ponto final, evita vírgulas e imagina exclamações.


Nem sei pra quem estou escrevendo... Talvez seja uma necessidade mal disfarçada de representar-me.

Mas, representar-me para quem, meu Deus!?

Não há alguém humano que me entenda além de mim mesma.
Aliás, que otimismo repentino foi esse que presumiu eu mesma entender-me?

Escrevo para esvaziar-me.
Essa desculpa me cai bem, por enquanto.

Eu mesma,
Mas fazendo uso do vocativo que normalmente usam:
Caroline.

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